sábado, 2 de janeiro de 2016

Refletindo sobre 2015: os livros de que mais gostei


Oi migos, como vão?
Ontem, dia primeiro de janeiro, eu comecei uma série de posts que, como o próprio nome sugere, vai servir como uma reflexão sobre o ano passado, um balanço, uma retrospectiva. Hoje estou aqui para a segunda (de muitas) partes desta série, na qual falarei um pouco sobre os livros de que mais gostei no ano passado.
Li muitos livros bem mais-ou-menos, confesso, mas também li alguns que entraram para o hall da fama da minha vida. Mesmo que eles não representem uma quantidade muito significativa do meu total de leituras, o ano já pode ser considerado produtivo só por eles.
Vamos lá?

4. O Bicho-da-Seda

Se eu não gostei tanto quanto eu imaginava de O Chamado do Cuco, sua sequência me surpreendeu de uma forma tão boa, que se tornou um dos melhores do ano e, em questão de policiais, da vida. Ele segue contando a história de Cormoran Strike e de Robin, sua secretária/assistente/John Watson. É um livro espetacular, que mistura tão bem todo o mistério e o suspense das obras do gênero com um leve toque de humor e uma narrativa (tanto o enredo quanto a escrita) tão deliciosa que não há como não se apaixonar. E sei que o próximo livro de Robert Galbraith será lançado ainda neste ano, não posso perder.

3. O Iluminado


Já falei bastante sobre ele na resenha que fiz, no finalzinho do ano passado, mas tudo bem, eu falo mais um pouco: é um suspense incrível, incrível em níveis absurdos, e te prende de uma forma que nem todo livro consegue. Além disso, como ressaltei bastante na resenha, ele tem uma profundidade psicológica realmente... profunda, e supera todas as expectativas que o hype sobre o filme clássico de Kubrick causam.

2. E Não Sobrou Nenhum

Este é o único livro de Agatha Christie que li no ano (uma tristeza, porque gosto tanto das obras dela e estou lendo muito pouco nos últimos tempos), mas já chegou de voadora com os dois pés e se tornou o melhor que já li dela, e um dos melhores que já li em todos os tempos. Para quem ainda não conhece, ele conta a história de um grupo de pessoas que são convidadas para o que seria uma confraternização em uma ilha deserta, cujo único contato com o continente é feito por um pequeno barco. Tudo fica muito suspeito quando ouvem uma gravação, acusando-os de crimes que cometeram em seus passados e pelos quais saíram impunes, e mais suspeito ainda quando um a um, os convidados da ilha começam a morrer numa espécie de ritual inspirado em uma cantiga infantil. É de se descabelar, e definitivamente marcou meu ano, dentre todas as outras leituras.

1. O Retrato de Dorian Gray



A última leitura do ano, e o melhor que li, Dorian Gray já se tornou um dos meus favoritos da vida e me marcou de um jeito que não tem como explicar direito. A obra de Oscar Wilde nos conta a história de Dorian, um homem absurdamente bonito, que percebe que a beleza é, no final das contas, a única coisa que ele tem. Quando um amigo, que é artista, pinta um quadro tão perfeito inspirado no rapaz, ele acaba vendendo sua alma e fazendo um perigoso pedido: que apenas seu retrato sofresse com as marcas do tempo e as manchas em sua personalidade, mas que sua aparência física ficasse sempre intacta.
Com o tempo, ele descobre que seu pedido foi realmente atendido, e que o retrato era como um reflexo de sua alma. Acontece que, sob más influências, passa a manchar cada vez mais seu caráter, perdendo cada vez mais seus escrúpulos e, o pior, sua humanidade, notando cada uma dessas mudanças em seu próprio quadro. 
É espetacular, um adjetivo realmente grandioso, mas que não se torna exagerado quando nos referimos a Dorian Gray. Foi uma obra muito escandalosa na época em que foi lançado (em 1800 e pouco), por denunciar de forma nua e crua todos os podres da sociedade inglesa, algo que todos os aristocratas, em sua vida de aparências, se esforçavam para esconder.
Além disso, a profundidade do livro é absurda, e temos ideais e passagens com as quais nos identificamos tanto que chega a ser assustador, de tão atuais.
Eu sempre voltarei a falar sobre esta obra aqui no blog, porque acho que nunca será o suficiente, mas tudo o que me resta a dizer agora é que vocês precisam ler, assim, urgentemente!

Esses, então, foram os melhores livros que li no ano de 2015. De 30 leituras, tive algumas obras bem ruins pelo caminho (sobre as quais falarei mais... amanhã!), mas tive o prazer de conhecer essas histórias em específico que já fazem as três dezenas terem valido à pena! 
Que livros mais marcaram vocês em 2015?

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

2 comentários:

  1. Que legal! Eu ainda não li nenhum desses, mas pretendo. :)

    Abraço da Livia
    leituraa1000.blogspot.com.br

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  2. Muito legal as suas escolhas. Dorian Gray é o livro da minha vida também. Você conhece a versão sem censura da Biblioteca Azul?
    Vale muito a pena esta edição, porque é a versão que Wilde concebeu e que só foi publicada em livro muito tempo depois.
    A edição é linda, comentada e com ilustrações.

    Abraço

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