segunda-feira, 2 de junho de 2014

Vamos falar sobre: O Pequeno Príncipe


Oi, como vai?
Hoje estou aqui para falar sobre o (incrível!) O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry. Antes de mais nada quero deixar claro que sim, é um livro infantil, e sim, o enredo é completamente fora da realidade. Mas, ao mesmo tempo que é fora da realidade, ser mais próximo da nossa realidade é impossível. Isso porque usa do mundo da imaginação para fazer críticas e trazer pensamentos que remetem perfeitamente ao mundo em que vivemos e às "pessoas grandes".
Em um pequenino planeta distante vive um principezinho, com uma flor e três vulcões (um adormecido), que certo dia resolve viajar por outros planetas. Em cada um desses planetas encontra seu morador, personagens alegóricos que nos fazem pensar bastante sobre o nosso comportamento, ou sobre o comportamento da sociedade em geral.
No primeiro planeta conhecemos o Rei, que reina sobre o planeta cujo único morador é, bem, ele próprio. Quando o principezinho chega, o Rei fica muito feliz por ter finalmente alguém em quem mandar, e de seu jeito torto acaba mostrando que não podemos exigir de alguém mais do que aquela pessoa pode dar. 
"- Se eu ordenares a meu general voar de uma flor a outra como borboleta, ou escrever uma tragédia, ou transformar-se numa gaivota, e o general não executasse a ordem recebida, quem, ele ou eu, estaria errado?" 
Logo depois conhecemos o vaidoso, o beberrão, o acendedor de lampiões, um empresário que acredita possuir as estrelas e muitos outros personagens, que não detalharei muito para não estragar a graça da história. Sua viagem segue até que vem parar na Terra, no meio do deserto, e se depara com mais personagens (como a serpente e a sensacional raposa), até se encontrar, por fim, com nosso narrador. Não se sabe muito sobre o narrador, só que é (ou foi, mas não há muito tempo) uma criança sonhadora e agora viaja pelo mundo de avião. Seu avião caiu no deserto, no meio do nada, e foi uma grande surpresa encontrar o garotinho de cabelos dourados lhe pedindo um desenho.
A narrativa é muito leve e gostosa, o que não poderia deixar de ser, se tratando de um livro infantil. Porém, ao mesmo tempo, é um livro profundo, com pensamentos sobre a amizade e a vida adulta. E ainda conta com ilustrações do próprio autor, o que me trouxe de volta à infância por um momento e me fez esquecer dos livros cheios de morte, intrigas e sangue que vinha lendo. Por conta de seu tamanho (91 páginas, algumas inteiras ocupadas por ilustrações), é um livro que pode ser lido em uma tarde. 
Há algumas frases incríveis, que dão aquele toque de profundidade à doce história do príncipe:
"- É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas." 
"- Que quer dizer 'cativar'?
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa - Significa 'criar laços'...

- Criar laços?

- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..."
"- Bom dia - disse o pequeno príncipe.
- Bom dia - disse o vendedor.
Era um vendedor de pílulas especiais que saciavam a sede. Toma-se uma por semana e não é mais preciso beber.
- Por que vendes isso? - perguntou o principezinho.
- É uma grande economia de tempo - disse o vendedor - Os peritos calcularam. A gente ganha cinquenta e três minutos por semana.
- E o que se faz com esses cinquenta e três minutos?
- O que a gente quiser...
'Eu', pensou o pequeno príncipe, 'se tivesse cinquenta e três minutos para gastar, iria caminhando calmamente em direção a uma fonte...'"
Essas são minhas citações favoritas, mas o livro todo é cheio de situações assim, e falas assim que (pelo menos a mim) tocam bastante e fazem pensar sobre muitos dos nossos atos e das pessoas ao redor. 
É um daqueles livros que todo mundo no mundo precisa ler, e pelo tamanho pequeno e o preço muito baixo fico abismado que todos ainda não o tenham feito.
Estou buscando por livros mais profundos, sem aquela superficialidade e aqueles triângulos amorosos dos livros teen (algum dia, dedico um post inteiramente a esse assunto), e O Pequeno Príncipe foi uma incrível surpresa. 
Uma história leve, contagiante e cheio de lições que lhe farão pensar (a não ser que você tenha preguiça, neste caso recomendo que continue nos triângulos amorosos dos livros teen mesmo), é totalmente recomendável, tenha você qualquer idade!

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D

5 comentários:

  1. Oi :)

    Tenho em mente que O Pequeno Príncipe é um livro totalmente filosófico e não sei bem se iria gostar... Beijos!

    http://euvivolendo.blogspot.com.br/

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  2. Oi, Adan!
    Adoro essas passagens que o livro tem. Parecem algo casual, mas são bem profundas!
    E é um livro pequenininho, da pra ler sempre!
    =D

    http://osdragoesdefogo.blogspot.com/

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  3. Eu amo esse livro, sempre achei que fosse muito infantil mas não é! É uma história muito linda, preciso ler mais uma vez... hahaha
    Abraços
    livrosquefazemsonhar.blospot.com

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  4. O Pequeno Príncipe foi um dos primeiros livros que eu li lá minha amada infância, ah que saudade, esse é um dos que merecem serem lidos várias e várias vezes.

    Amei o post, bjs

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  5. Eu amooo esse livro, paixão sem limites!
    Cara simplesmente adorei seu banner !
    Parabéns pelo blog !
    Abração !
    www.comandoliterario.blogspot.com.br

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