terça-feira, 15 de outubro de 2013

Vamos falar sobre: Cidade de Vidro


Oi, como vai?
Vim aqui pra falar sobre o sensacional terceiro volume da ex-trilogia e nova sextologia (essa denominação existe?) Os Instrumentos Mortais! Sim, sim, era pra ser uma trilogia. E vemos isso a todo momento no livro. Seria um final épico para a série, porque a maioria dos problemas se resolvem e a batalha que ocorre durante o livro é simplesmente... uau. 
Esse post não terá spoilers deste volume, mas não conseguirei falar sobre o terceiro livro sem dar alguns detalhes sobre o primeiro e o segundo, então se você ainda não começou a ler a série e se incomoda com spoilers eu sugiro que leia essa resenha outra hora.
A história começa pouco tempo depois do término de Cidade das Cinzas, e consegue fazer uma conexão muito boa com os dois outros livros. Cassandra Clare consegue interligar muito bem os fatos, as pessoas, as tramas menores envolvendo os personagens.
Um dos melhores pontos desse livro é que ele se passa em Idris (Idris ou Aidris, como pronunciar?), mais precisamente em Alicante, um lugar muito bonito e interessante. 
Clary quer ir até Alicante conhecer o feiticeiro Ragnor Fell, o único que pode salvar sua mãe da espécie de coma em que ela se encontra. Os Lightwood vão para Idris também, mas Jace não a quer por perto, e tem seus motivos. Por causa do poder que Clary revelou ter no final de Cidade das Cinzas, de criar símbolos poderosos, ele imagina que a Clave poderia colocar a garota na frente da batalha que acontecerá contra Valentim. 
Jace é um personagem chato. Sim, vamos combinar, ele é. Mas não é em período integral. Em alguns momentos ele fala ou faz coisas realmente heroicas e badass que salvam a todos na hora H. Clary é uma personagem chata. Sim, vamos combinar, ela é. E em período integral. Desde o segundo livro ela vem me irritando, pelas coisas que fala ou faz, atos extremamente egoístas de sua parte. Jace também incomoda em alguns aspectos, quando se torna protetor demais com relação a Clary e acaba se esquecendo de fazer outras coisas e das vontades dela também. Uma mania insuportável de Clary é com relação a Jace e Simon. Durante o segundo livro, se Jace a colocava contra a parede ela adorava, mas quando Simon via, ela agia com Jace como se ele fosse a pior pessoa do mundo por isso.
Cassandra Clare tem o dom de fazer protagonistas irritantes e personagens secundários muito legais. Alec, Isabelle, Simon, Magnus e Luke são personagens muito mais legais que Clary e Jace. 
Clary e Jace ficam o tempo todo nesse "romance proibido" que vivem, a todo momento "se pegando" (não tem como usar termo melhor) e se sentindo culpados por estarem fazendo isso. O bom é que, com tanta ação acontecendo e tantos segredos sendo revelados, isso não atrapalhou tanto. 
Cassandra divide bem os personagens ponto de vista, fazendo com que a história seja contada como um todo sem que nada fique de fora.
Enfim, voltemos à história. Jace não queria que Clary fosse para a Cidade de Vidro, Alicante. Clary queria ir. E Clary foi. Não com Jace, mas com Luke, por meio de um portal que a levou até o centro do Lago Lyn, que vai se revelar muito importante mais pra frente. Ela fica na casa de Amatis, irmã de Luke, e se encontra com os Lightwood, que estão na casa dos Penhallow, uma importante família de Caçadores de Sombras. Com os Penhallow, ela se envolve (não um envolvimento de romance, mas um outro tipo) com Sebastian, um garoto misterioso e aparentemente perfeito em todos os aspectos.  
Os personagens são bem construídos, e por mais que Clary irrite temos uma gama de outros que cobrem suas falhas. Simon continua sendo o melhor personagem. Ele também não ia para Idris, pois é um vampiro e membros do Submundo não são bem-vindos por lá, mas por causa de um ataque que ocorreu no Instituto pouco antes de entrarem no Portal, ele ficou ferido e não poderia ser deixado para trás. Quando achou que poderia voltar para casa, os membros da Clave o aprisionam em uma cela no Gard, onde os membros da Clave se reúnem. 
É um livro ótimo! Pode ser repetitivo em alguns momentos, como no romance (e nos vilões insistentes, o que chega a ser um pouco engraçado: eles são atacados, fogem e quando os bonzinhos pensam que estão a salvo os vilões voltam a atacar), mas todo o resto não deixa a desejar.
Eu fiquei preso à história, não conseguia parar de ler, porque um capítulo leva a outro, que leva a outro, que leva a outro, e quando você percebe já passou da metade do livro. 
Eu não entendo por que Cassandra Clare continuou esta história. Na verdade, todos sabemos o porquê: money. A série dá um lucro tremendo. Por que não duplicar o lucro duplicando o número de livros?
Muitas resenhas do quarto livro dizem que Clare continua com a mesma habilidade de escrita e consegue desenvolver a história muito bem de qualquer jeito, mas este terceiro é como o fechamento de uma trilogia. O desfecho épico. O final do livro, devo confessar, não me deixou nem um pouco curioso ou com aquela pulga atrás da orelha pelo próximo livro, como os finais dos dois primeiros me deixaram. Ele simplesmente... acaba. Problemas resolvidos. Felizes para sempre. Mas mesmo assim não resisto à série e vou ler os próximos livros com certeza, mesmo sabendo que são fruto da pressão dos editores e da necessidade de colocar comida na mesa da autora.
Um livro recomendadíssimo de uma série recomendadíssima.

Espero que tenham gostado, até a próxima ;D


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